Muito se falou que Nenê era uma grande cozinheira, mas ainda não foi dito o que mais nos traz saudade. Íamos para os banhos de cachoeira, peraltices outras, comitivas de Pompéu e ao voltar para casa os agrados em forma de guloseimas: eram pães em forma de bichos, biscoitos de polvilho (hoje conhecidos com coruja) e que com auxílio de um saco de confeiteiro escrevia o nome de cada um de nós... Mauro, Ceção, etc. etc.
Vovó forrava a parede da cozinha com papel manilha cor de rosa, daquele que fazia moldes, já existiam os pregos nesse local, um para cada neto e também para os amigos visitantes.. Aí eram pendurados esses agrados. Foram tantos que ficamos gordinhos!
Perguntamos então:
- Podemos ter saudade?
Como sempre existe mais um causo, lembramos que um dia apareceu na Bocaina um cozinheiro chamado Tiburcio. Ele pretendia dar aulas de culinária para vovó, suas filhas e pessoal da cozinha. Propunha ensinar fazer galinha virar peixe e outras falsidades.
Nenê que cozinhava até para o Senhor Perazzo receber Dom Antonio de Castro Maia, bispo da diocese de Campos, fazia bolos confeitados, até um apelidado de “monumento no deserto” não pode concordar com tamanha insensatez. Foi então que Basílio correu com Tiburcio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário