quarta-feira, 18 de agosto de 2010

CLEMENTE

Tio Clemente, irmão de Pompeu, maluco para a ala avançada da família, sistemático para a ala conservadora, era o feliz proprietário de Lélia. Perdia a chave todos os dias, todos os dias a encontrava com a ajuda de JARBAS, JOSÉ, MÁRIO, LUIZ, MARIA JOSÉ, CAROLINA (LOLA), POMPEUZINHO e JOAQUINA que viviam no mundo encantado do CAMUTANGO, do SANTO ANTÃO, do CAIXÃO GRANDE, num “paraíso” chamado CAMBUCI, município do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Nossos pais não descobriram para que servia LÉLIA,que porta ou gaveta abria,mas nós,seus filhos,descobrimos que, por ser ela uma chave muito especial, é herança nossa,que continuará no mundo dos sonhos e que, com ela continuaremos encontrando:

  1. _a moldura sem espelho na qual Clemente fazia diariamente a sua barba. Um dia, nesta moldura havia um espelho, o espelho quebrou, a moldura continuou a ser pendurada sistematicamente na árvore e a barba, bem escanhoada a ser feita no costumeiro cerimonial. Clemente era sistemático, já falamos!

  1. -A lata de rosca. Clemente não gostava de rosca, mas as guardava em uma lata especial, comia rosca porque gostava do barulho.

  1. -A Estrela dos Namorados que nas noites bonitas mostrava aos sobrinhos adolescendo. Nunca namorou, mas queria que os sobrinhos entendessem e sentissem a beleza do amor.

  1. -A menina de Tombos do Carangola que visitava a família. A menina era Joaquina, a caçulinha da casa, que estava doente, problema de rins, inchada, e ele não reconheceram. Joaquina a se ver gorda vestiu uma roupa diferente, apresentou-se como visita e como tal foi recebida por Clemente. Não precisa dizer que Joaquina ficou de castigo por enganar o tio sistemático ou maluco como queiram julgar.


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